Um AGE é uma proteína desnaturada, ou seja, inutilizada, que perdeu toda – ou boa parte de – sua função: quando Glicada, a Hemoglobina (HbA1c, medida em exames de sangue) impede que as hemácias transportem O2/CO2, já o Colágeno quando Glicado torna-se rígido, perdendo sua necessária função estrutural. Além disso, AGEs podem gerar outros AGEs, além de respostas inflamatórias que podem se tornar crônicas.
No caso do Colágeno esses efeitos ficam, literalmente, “escritos na testa”: quando a Glicação ocorre em moléculas de Colágeno estas perdem a elasticidade e a pele se retrai, surgindo as (malditas) rugas, tão características do processo de envelhecimento. Como se não fosse suficiente nos deixar (visivelmente) velhos, AGEs também acabam conosco por dentro: junto dos ROS (reactive oxygen species) gerados pelo Stress Oxidativo, AGEs são considerados, hoje (por quem tá atualizado) os principais fatores de risco para uma série de problemas como Aterosclerose, Doença Cardiovascular, Alzheimer, Parkinson, e diversos tipos de Câncer. E o pior: AGEs ficam por ali, não sendo facilmente eliminados! Leva um bom tempo (meses, anos) para que sejam naturalmente “reciclados” – isso quando o corpo dá conta, pois conforme envelhecemos vamos justamente perdendo essa capacidade de renovação, e o efeito dos AGEs vai se tornando cumulativo.
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